“Ao vencedor as batatas”, este é o mote da história de Rubião, que se torna o exemplo vivo da filosofia do “Humanitismo”, ou da seleção natural de Darwin, aplicada à espécie humana.
O milionário filósofo louco, Quincas Borba, deixa a Rubião, amigo e enfermeiro dos seus últimos cinco meses de vida, toda a sua fortuna, com a condição de o ex-professor cuidar do cachorro, homônimo do patrão.
Na corte, o novo-rico deixa-se envolver por “amigos" e “sócios” que se esmeram assiduamente em aliviar o ingênuo Rubião do peso de sua fortuna. Freitas, Camacho, Carlos Maria e, principalmente, o casal Sofia e Cristiano Palha com quem fez amizade ainda na viagem de Barbacena para o Rio, rodeiam como parasitas o simplório milionário.
Rubião, literalmente, fica louco de paixão pela insinuante e linda mulher do sócio.
A loucura vai se manifestando gradativamente até os delírios serem freqüentes. Aí “foge” do sanatório e volta a Barbacena onde morre totalmente pobre e completamente louco, bradando “Ao vencedor as batatas”.
Quincas Borba, O cachorro, morre três dias depois.